terça-feira, 20 de maio de 2014

Dunbar - Piedade



Ouvi muito na infância "A curiosidade já matou um gato". 

Um ditado popular que "dizem" ter surgido na idade média, devido a superstição que gatos pretos dão azar; e para se livrar destes animaizinhos, as pessoas armavam armadilhas. 

E é claro, por causa da curiosidade natural e  azar dos gatos, estes acabavam sendo exterminados.

Ah, nunca dei ouvidos à este ditado popular, mas ouço muito poemas, estrelas e sonhos. 

Dias atrás, li Dunbar em 140 caracteres, este era completamente desconhecido para mim, mas por pura curiosidade e sorte fui atrás e me deparei com seus belos poemas.

Busquei informações na Wikipédia sobre Paul Laurence Dunbar: 
Ele nasceu em 1872 e faleceu em 1906; foi um Afro-americano, poeta, romancista e dramaturgo do final do século 19 e início do séc. 20. 
Seus pais tinham sido escravos. 
Ele começou a escrever cedo e foi presidente da sociedade literária da sua escola. 
Muito do seu trabalho foi escrito em um dialeto negro, sendo um dos primeiros escritores afro-americanos a estabelecer uma reputação nacional. 
Dunbar escreveu também em Inglês. 

Sofrendo de tuberculose, morreu aos 33 anos.


Sonhos


Que sonhos temos e como eles voam

Como nuvens rosadas no céu;
Da riqueza, da fama, do sucesso certo,
Do amor que vem para alegrar e abençoar;
E como eles murcham, como se desvanece,
A riqueza minguante, o jade descartado 
A fama que por um momento brilha,
E em seguida, voa para sempre,
- sonhos, ah - sonhos!




Piedade
(Sympathy)

Eu sei o que o pássaro engaiolado sente, infelizmente! 
Quando o sol brilha nas pistas da montanha; 
Quando o vento sopra suave através da grama germinada, 
E o rio flui como um fluxo de vidro; 
Quando o primeiro pássaro cantar e os primeiros brotos abrirem, 
E o perfume fraco de seu cálice roubado 
Eu sei o que o pássaro engaiolado sente!
Eu sei porque o pássaro engaiolado bate suas asas 
O sangue é vermelho nas barras cruéis; 
Para o seu poleiro ele deveria voar de volta e se agarrar  
Mas quando ele viu estava balançando em um ramo; 
A dor ainda pulsava, nas velhas cicatrizes 
Como um espinho cravado
Eu sei por que ele bate as suas asas!

Eu sei porque o pássaro engaiolado canta, 
Quando sua asa está machucada e sente dor no peito, 
Quando ela atinge seu coração ele quer ser livre; 
Não é uma canção de contentamento ou alegria, 
Mas uma oração que ele envia a partir do núcleo mais profundo de seu coração 
É um apelo, que ele envia para o céu 
Eu sei porque o pássaro engaiolado canta!







Nenhum comentário:

Postar um comentário