domingo, 29 de junho de 2014

A mãe e o pai dos direitos civis


Rosa Parks


Num ônibus que circulava pela ruas de Montgmery, Alabama, uma passageira negra, Rosa Parks, negou-se a ceder seu assento a um passageiro branco.



O motorista chamou a polícia.


Chegaram os guardas, disseram: lei é lei, e prenderam Rosa por perturbar a ordem pública.

Então um pastor desconhecido, Martin Luther King, propôs, em sua igreja, um boicote contra os ônibus. E propôs assim:

A covardia pergunta:

- É seguro?

A conveniência pergunta:

- É oportuno ?

E a vaidade pergunta:

É popular?

Mas a Consciência pergunta:

- É justo?





Ele também foi preso. O boicote durou mais de um ano e desencadeou uma maré irrefreável, de costa a costa, contra a discriminação racial.

Em 1968, na cidade sulina de Memphis, um tiro arrebentou o rosto do pastor King, quando ele estava denunciando que a máquina militar comia negros no Vietnã.

De acordo com o FBI, ele era um sujeito perigoso.

Como Rosa. E como muitos outros pulmões do vento.



Texto de Eduardo Galeano do Livro: Espelhos – Uma história quase Universal

Nenhum comentário:

Postar um comentário